Explicações dadas seguimos caminho. Entramos num quase labirinto de vegetação, onde ouvimos a água escorrer algures e a luz do sol tem dificuldade em entrar. Poderiamos quase fingir que estávamos numa floresta tropical a trilhar caminhos nunca antes percorridos.
Martin não deixa de dizer o quanto este pedaço de terra lhe faz lembrar o seu país no verão. Mas é após 5 minutos de caminho feito que a floresta fica para trás e vislumbramos o Oceano. É mágico o momento para mim e sem palavras o momento para o Martin. Pareçe que estamos no meio de uma sequela de um filme de aventura e a qualquer momento vamos ouvir a palavra corta!!
Mas é tudo bem real e nada faz parte de um cenário montado sobre um fundo azul. Azul só mesmo o mar que sem saber bem porquê mexe sempre connosco e arrasta-nos para um sentimento de nostalgia. E lembro-me da minha canção preferida da Amália:
"De manhã, que medo, que me achasses feia! Acordei, tremendo, deitada n'areia. Mas logo os teus olhos disseram que não e o sol penetrou no meu coração. Vi depois, numa rocha, uma cruz, e o teu barco negro dançava na luz. Vi teu braço acenando, entre as velas já soltas. Dizem as velhas da praia, que não voltas. "